Quem sou eu

Você também está se preparando para a Terceira Vinda? Então pegue o seu Peixe Babel e junte-se a mim e à minha gata, Trillian, nessa jornada rumo aos confins inexplorados da região mais brega da literatura especulativa.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

   Oi, pessoal! Como prometido, aqui está a minha tradução de um trecho de um dos livros da série d'O Guia do Mochileiro das Galáxias. Esses livros já foram traduzidos e publicados no Brasil duas vezes, primeiro pela Editora Brasiliense (que lançou do primeiro ao quarto livro), na década de 80; e depois pela editora Arqueiro (que retraduziu do primeiro ao quarto e traduziu e lançou o quinto). As traduções são relativamente boas, embore eu ache as antigas bem mais engraçadas que as novas. Por isso, também, eu quis fazer uma tradução própria, pra ver se eu conseguia manter o humor e o registro do texto original, e não simplificar o texto (o que eu notei várias vezes nas traduções da Arqueiro). Espero que vocês gostem!

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Tradução do prólogo do livro
So Long and Thanks for All the Fish, de Douglas Noel Adams.



   Bem longe, nos cafundós inexplorados da ponta brega do braço espiral ocidental da Galáxia, repousa um pequeno sol ignorado e amarelo.
   Orbitando-o a uma distância de mais ou menos cento e quarenta e oito milhões de quilômetros, está um planetinha verde-azulado absolutamente insignificante, cujas formas de vida descendentes dos primatas são tão extraordinariamente primitivas, que elas ainda acham relógios digitais uma ideia muito da hora.
   Esse planeta tem - ou melhor, tinha - um problema: a maioria das pessoas que viviam nele estavam infelizes boa parte do tempo.
   Foram sugeridas várias soluções para esse problema, mas a maior parte dessas soluções dizia respeito ao movimento de pedacinhos verdes de papel - que é estranho, já que, no geral, não eram os pedacinhos verdes de papel que estavam infelizes.
   Então, o problema permanecia. Um bocado de gente era mau, e a maioria era muito infeliz, até quem tinha relógios digitais.
   Um número cada vez maior de pessoas era da opinião de que elas tinham cometido um grande erro ao descer das árvores, pra começar. E alguns diziam que até as árvores tinham sido uma péssima jogada, e que ninguém deveria ter deixado os oceanos.
   E então, numa quinta-feira, quase dois mil anos depois de um homem ter sido pregado a uma árvore por dizer que seria ótimo se as pessoas fossem legais umas com as coisas pra variar, uma
garota sentada sozinha numa lanchonete em Rickmansworth de repente percebeu o que é que estava dando errado esse tempo todo, e ela finalmente soube como o mundo poderia ser transformado num lugar bom e feliz. Dessa vez estava certo, ia funcionar, e ninguém teria que ser pregado a coisa nenhuma.
   Mas, infelizmente, antes que ela pudesse encontrar um telefone pra contar isso pra alguém, [uma catástrofe horrível aconteceu*], e então a ideia se perdeu, aparentemente, para sempre.
   Essa é a sua história.

*N.T.: por se tratar do quarto livro da série, nessa frase conta-se qual foi a tal catástrofe horrível, que acontece no primeiro livro, e que eu omiti pra evitar spoilers.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Apresentações e explicações


   Nossa! Você por aqui?? Seja bem-vindo! Fica à vontade, não repara na bagunça, puxa uma cadeira e senta no chão! Aqui tem clichês pra todos os gostos!
   Agora que você está confortável, às apresentações.

   Se você entendeu o título desse blog e a descrição logo abaixo dele, então nossa apresentação será breve: Oi, muito prazer, meu nome é Luíza, e eu curto ficção científica e fantasia (e seus respectivos processos de tradução).

   Agora, se você não entendeu bulhufas do que está acontecendo aqui, não sabe de onde isso veio, pra onde isso vai, ou qual é o nosso propósito nessa vida, no universo, e tudo mais, então deixa eu começar com as perguntas que eu consigo responder: uma obra de ficção especulativa trata de mundos imaginários, cenários irreais, surreais, futuristas, utópicos, distópicos, usando elementos fantásticos e/ou científicos. Uma das obras mais icônicas desse gênero é a série de rádio/TV/livros/filme/quadrinhos/etc “O Guia do Mochileiro das Galáxias” (“The Hitchhiker’s Guide to the Galaxy”), do autor inglês Douglas Adams - que Zárquon o tenha -, no qual uma das figuras messiânicas proféticas é esse tal de Zárquon. Mas, enquanto Zárquon não vem (pela terceira vez) nos salvar a todos, a gente fica aqui, lendo sobre ele e outros tantos seres provenientes de mentes brilhantes e ligeiramente desajustadas - ou mentes desajustadas e ligeiramente brilhantes, depende.
   Bom, agora sobre mim. Mais desajustada que brilhante, tenho 26 anos e estou no último semestre de Letras Português/Inglês - Zárquon seja louvado! - e estou começando a trabalhar com tradução. Esse é outro assunto que eu curto bastante, e tento juntar com fantasia e ficção científica sempre que posso. Mas vou tentar não restringir meus posts só a isso, pra fazer um blog bem variado e descontraído - com certeza a Trillian não vai me deixar ser séria de mais, ela é despirocada de nascença, a coitada... SHHH! Não conta pra ela que eu disse isso!
   Pra quem não conhece o Mochileiro e ficou curioso, no próximo post porei a minha tradução de um trecho do livro, pra vocês terem uma ideia do que eu estou falando. Quem já tiver lido (em português ou inglês), por favor comente minha tradução! E, se não tiver lido, comente também o que você achou! Se não souber ler, comente também! Divida suas frustrações com a gente! Se bem que... se você não souber ler, então não vai saber que eu te pedi pra comentar... Enfim, se alguém estiver lendo isso pra você e você quiser comentar, dita que a pessoa escreve! Pronto!
   E é isso! Espero que vocês tenham se interessado, voltem sempre, e beijo nas crianças!