Oi, pessoal! Como prometido, aqui está a minha tradução de um trecho de um dos livros da série d'O Guia do Mochileiro das Galáxias. Esses livros já foram traduzidos e publicados no Brasil duas vezes, primeiro pela Editora Brasiliense (que lançou do primeiro ao quarto livro), na década de 80; e depois pela editora Arqueiro (que retraduziu do primeiro ao quarto e traduziu e lançou o quinto). As traduções são relativamente boas, embore eu ache as antigas bem mais engraçadas que as novas. Por isso, também, eu quis fazer uma tradução própria, pra ver se eu conseguia manter o humor e o registro do texto original, e não simplificar o texto (o que eu notei várias vezes nas traduções da Arqueiro). Espero que vocês gostem!
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Tradução do prólogo do livro So Long and Thanks for All the Fish, de Douglas Noel Adams.
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Tradução do prólogo do livro So Long and Thanks for All the Fish, de Douglas Noel Adams.
Bem longe, nos cafundós inexplorados da ponta brega do braço espiral ocidental da Galáxia, repousa um pequeno sol ignorado e amarelo.
Orbitando-o a uma distância de mais ou menos cento e quarenta e oito milhões de quilômetros, está um planetinha verde-azulado absolutamente insignificante, cujas formas de vida descendentes dos primatas são tão extraordinariamente primitivas, que elas ainda acham relógios digitais uma ideia muito da hora.
Esse planeta tem - ou melhor, tinha - um problema: a maioria das pessoas que viviam nele estavam infelizes boa parte do tempo.
Foram sugeridas várias soluções para esse problema, mas a maior parte dessas soluções dizia respeito ao movimento de pedacinhos verdes de papel - que é estranho, já que, no geral, não eram os pedacinhos verdes de papel que estavam infelizes.
Então, o problema permanecia. Um bocado de gente era mau, e a maioria era muito infeliz, até quem tinha relógios digitais.
Um número cada vez maior de pessoas era da opinião de que elas tinham cometido um grande erro ao descer das árvores, pra começar. E alguns diziam que até as árvores tinham sido uma péssima jogada, e que ninguém deveria ter deixado os oceanos.
E então, numa quinta-feira, quase dois mil anos depois de um homem ter sido pregado a uma árvore por dizer que seria ótimo se as pessoas fossem legais umas com as coisas pra variar, uma
garota sentada sozinha numa lanchonete em Rickmansworth de repente percebeu o que é que estava dando errado esse tempo todo, e ela finalmente soube como o mundo poderia ser transformado num lugar bom e feliz. Dessa vez estava certo, ia funcionar, e ninguém teria que ser pregado a coisa nenhuma.
Mas, infelizmente, antes que ela pudesse encontrar um telefone pra contar isso pra alguém, [uma catástrofe horrível aconteceu*], e então a ideia se perdeu, aparentemente, para sempre.
Essa é a sua história.
*N.T.: por se tratar do quarto livro da série, nessa frase conta-se qual foi a tal catástrofe horrível, que acontece no primeiro livro, e que eu omiti pra evitar spoilers.
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O texto original - em inglês - pode ser encontrado aqui (com o spoiler): http://books.google.com.br/books?id=zq6R7xXqNt0C&pg=PR12&lpg=PR12&dq=so+long+and+thanks+for+all+the+fish+prologue&source=bl&ots=DLc5PdX6VJ&sig=1V3xb6tq70q3IVgky_HjBn3Cyb0&hl=pt-BR&sa=X&ei=rSw7UqaMIIO09QTV_YC4Bw&ved=0CEEQ6AEwAg#v=onepage&q=so%20long%20and%20thanks%20for%20all%20the%20fish%20prologue&f=false
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E aí, o que vocês acharam? Alguém que não leu Douglas Adams ainda, ficou com vontade de ler? rs